Oi gente! Quanto tempo. Preparados para as reflexões que iremos fazer no 2.º bimestre? Então vamos lá. Depois de fazermos uma reflexão sobre língua, linguagem e fala e as diferentes formas de manifestações do fenômeno linguístico, tanto no âmbito social quanto no cognitivo e analisar a maneira que o homem utiliza a linguagem nas diferentes práticas sociais, chegou a hora de começarmos a analisar a parte material da linguagem. Um texto se constrói por meio de diversas operações que deixam marcas na sua superfície. Quando decompostas, as palavras revelam pequenas unidades de sentido chamadas morfemas. Os morfemas, por sua vez, também podem ser decompostos em unidades menores, os fonemas (sons da fala). Nessa perspectiva, a língua seria formada por diferentes grupos de elementos que se relacionam segundo determinados padrões. Ao conhecê-los, o usuário da língua pode explorar o arranjo desses elementos para produzir novos sentidos. Vamos analisar a língua sob a lente de um microscópio, com o objetivo de investigar os diferentes comportamentos dos sons da fala, a maneira como eles se relacionam com as letras na escrita e como esses elementos se agrupam em segmentos maiores que, combinados, compõem as palavras.
Sigua os links abaixo e descubra mais um pouco sobre a parte material da linguagem.
Oi Pessoal do 1º ano 'B' e 'C'! Essa semana daremos início aos estudos sobre o primeiro movimento da literatura em Língua Portuguesa: o Trovadorismo. É necessário o conhecimento desse movimento, pois através dele que teremos um pouco de entendimento sobre as origens da literatura brasileira. Foi também durante a Primeira Época Medieval que tivemos o primeiro registro de um texto escrito em galego-português (a língua da qual evoluiu o português moderno) e o nascimento da lírica através das cantigas, que eram poemas feitos para serem cantados e acompanhados por instrumentos musicais.
Segue abaixo a transcrição da "Cantiga da Ribeirinha" o primeiro registro oficial escrito em português (galego-português).
Cantiga da Ribeirinha, ou Cantiga de Guarvaia, é o primeiro texto literário em língua galaico-portuguesa de que se tem registro.
Segue, abaixo, o poema que serve como modelo das cantigas de amor do Trovadorismo galego-português (possui o eu-lírico masculino), pois fala de um amor platônico do poeta, plebeu, por uma mulher nobre e inacessível.
Versão original em galego-português
No mundo non me sei parelha, mentre me for' como me vai, ca ja moiro por vós - e ai! mia senhor branca e vermelha, Queredes que vos retraia quando vos eu vi em saia! Mao dia me levantei, que vos enton non vi fea!
E, mia senhor, des aquel di', ai! me foi a mi muin mal, e vós, filha de don Paai Moniz, e ben vos semelha d'haver eu por vós guarvaia, pois eu, mia senhor, d'alfaia Nunca de vós ouve nem ei valía d'ũa correa.
Versão em português moderno
No mundo ninguém se assemelha a mim Enquanto a vida continuar como vai, Porque morro por vós e - ai! - Minha senhora alva e de pele rosadas, Quereis que vos retrate Quando eu vos vi sem manto. Maldito seja o dia em que me levantei E então não vos vi feia!
E minha senhora, desde aquele dia, ai! Tudo me ocorreu muito mal! E a vós, filha de Dom Paio Moniz, parece-vos bem Que me presenteeis com uma guarvaia, Pois eu, minha senhora, como presente, Nunca de vós recebera algo, Mesmo que de ínfimo valor.
Como as composições líricas do período eram feitas para serem cantadas (cantigas), muitas das partituras se perderam no decorrer dos séculos, chegando até nós apenas as letras. Mas algumas composições chegaram até os dias de hoje com as partituras, como é o caso da cantiga que segue abaixo. Depois escutem o áudio e percebam a musicalidade presente nesse tipo de composição.
Oi gente! Já que o assunto da nossa aula de sexta (1º "B" e "C") é a História e Evolução da Língua Portuguesa, aproveitem para dar uma conferida no link abaixo, do Instituto Camões, sobre o processo histórico e as principais etapas dessa evolução, que pode ser configurada como uma variação histórica (diacrônica). Vale a pena conferir!
Olá pessoal do 1º ano "B" e "C"! Mais uma semana se inicia e a nossa discussão estará voltada para a reflexão sobre os elementos da comunicação e as diferentes funções da linguagem. Segue em anexo a lista de atividades sobre as funções da linguagem. A lista deverá ser impressa e entregue até o dia 07/03/2013. Desde já agradeço a atenção de todos e bons estudos!
Essa semana debatemos em sala um fenômeno que ocorre dentro das línguas: a variação. Vimos que a língua não se realiza de uma forma homogênea por todos os falantes. Descobrimos que existem várias formas de variação:diacrônica (histórica), diatópica (regionalismo),diastrática (classe social), diamésica (modalidade) e diafásica (uso). Refletimos também sobre asgírias e os jargões como formas de expressões cristalizadas dentro de uma língua e o mais importante: toda essa diversidade de falares e maneiras de representar o mundo devem ser respeitadas, para não gerar o PRECONCEITO LINGUÍSTICO.
Não importa qual variedade você usa, o mais importante é se comunicar e interagir!
Alunos do 1º "B" e "C" disponibilizo o vídeo que vimos em sala essa semana. Confiram!
Adorei a criação do espaço interativo. Espero que este seja um canal para trocarmos muitas ideias à respeito desse instrumento simbólico que utilizamos em nossas diversas práticas sociais: a Língua Portuguesa. E aproveitando os nossos estudos sobre as diferentes linguagens (alunos do 1º "B" e "C"), vamos dar uma conferida no vídeo e na letra de uma música do cantor e compositor baiano Caetano Veloso, "Língua", que é um tributo a nossa Língua Portuguesa (variante brasileira).
Bons estudos!
Professor Luiz Augusto de Assis Souza
Língua - Caetano Veloso
Gosto de sentir a minha língua roçar
A língua de Luís de Camões Gosto de ser e de estar E quero me dedicar A criar confusões de prosódia E uma profusão de paródias Que encurtem dores E furtem cores como camaleões Gosto do Pessoa na pessoa Da rosa no Rosa E sei que a poesia está para a prosa Assim como o amor está para a amizade E quem há de negar que esta lhe é superior E quem há de negar que esta lhe é superior E deixe os portugais morrerem à míngua Minha pátria é minha língua Fala Mangueira Fala! Flor do Lácio Sambódromo Lusamérica latim em pó O que quer o que pode Esta língua
Vamos atentar para a sintaxe paulista E o falso inglês relax dos surfistas Sejamos imperialistas Cadê? Sejamos imperialistas Vamos na velô da dicção choo de Carmem Miranda E que o Chico Buarque de Hollanda nos resgate E Xeque-mate, explique-nos Luanda Ouçamos com atenção os deles e os delas da TV Globo Sejamos o lobo do lobo do homem Sejamos o lobo do lobo do homem Adoro nomes Nomes em ã De coisa como rã e ímã... Nomes de nomes como Scarlet Moon Chevalier Glauco Mattoso e Arrigo Barnabé, Maria da Fé Arrigo Barnabé
Incrível É melhor fazer uma canção Está provado que só é possível filosofar em alemão Se você tem uma ideia incrível É melhor fazer uma canção Está provado que só é possível Filosofar em alemão Blitz quer dizer corisco Hollywood quer dizer Azevedo E o recôncavo, e o recôncavo, e o recôncavo Meu medo!
A língua é minha Pátria eu não tenho Pátria: tenho mátria Eu quero frátria
Poesia concreta e prosa caótica Ótica futura Samba-rap, chic-left com banana Será que ele está no Pão de Açúcar Tá craude brô, você e tu lhe amo Qué que'u faço, nego? Bote ligeiro arigatô,arigatô Nós canto falamos como quem inveja negros Que sofrem horrores no Gueto do Harlen E deixa que digam, que pensem,que falem.