quarta-feira, 24 de abril de 2013

A língua no microscópio

Oi gente! Quanto tempo. Preparados para as reflexões que iremos fazer no 2.º bimestre? Então vamos lá. Depois de fazermos uma reflexão sobre língua, linguagem e fala e as diferentes formas de manifestações do fenômeno linguístico, tanto no âmbito social quanto no cognitivo e analisar a maneira que o homem utiliza a linguagem nas diferentes práticas sociais, chegou a hora de começarmos a analisar a parte material da linguagem. Um texto se constrói por meio de diversas operações que deixam marcas na sua superfície. Quando decompostas, as palavras revelam pequenas unidades de sentido chamadas morfemas. Os morfemas, por sua vez, também podem ser decompostos em unidades menores, os fonemas (sons da fala). Nessa perspectiva, a língua seria formada por diferentes grupos de elementos que se relacionam segundo determinados padrões. Ao conhecê-los, o usuário da língua pode explorar o arranjo desses elementos para produzir novos sentidos. Vamos analisar a língua sob a lente de um microscópio, com o objetivo de investigar os diferentes comportamentos dos sons da fala, a maneira como eles se relacionam com as letras na escrita e como esses elementos se agrupam em segmentos maiores que, combinados, compõem as palavras.
Sigua os links abaixo e descubra mais um pouco sobre a parte material da linguagem.

http://www.alfabetofonetico.com.br/alfabeto-fonetico-brasileiro

E nesse vídeo conheça mais um pouco sobre o som das letras da Língua Portuguesa.



Bons estudos,
Professor Luiz Augusto.

segunda-feira, 18 de março de 2013

Trovadorismo... O nascimento da lírica em Língua Portuguesa

Oi Pessoal do 1º ano 'B' e 'C'! Essa semana daremos início aos estudos sobre o primeiro movimento da literatura em Língua Portuguesa: o Trovadorismo. É necessário o conhecimento desse movimento, pois através dele que teremos um pouco de entendimento sobre as origens da literatura brasileira. Foi também durante a Primeira Época Medieval que tivemos o primeiro registro de um texto escrito em galego-português (a língua da qual evoluiu o português moderno) e o nascimento da lírica através das cantigas, que eram poemas feitos para serem cantados e acompanhados por instrumentos musicais.
Segue abaixo a transcrição da "Cantiga da Ribeirinha" o primeiro registro oficial escrito em português (galego-português).

Cantiga da Ribeirinha, ou Cantiga de Guarvaia, é o primeiro texto literário em língua galaico-portuguesa de que se tem registro.
A cantiga foi composta provavelmente em 1198, por Paio Soares de Taveirós, e recebeu esse nome por ter sido dedicada a D. Maria Pais Ribeira, concubina de Sancho I de Portugal, apelidada de "Ribeirinha".
Segue, abaixo, o poema que serve como modelo das cantigas de amor do Trovadorismo galego-português (possui o eu-lírico masculino), pois fala de um amor platônico do poeta, plebeu, por uma mulher nobre e inacessível.

Versão original em galego-português
No mundo non me sei parelha,
mentre me for' como me vai,
ca ja moiro por vós - e ai!
mia senhor branca e vermelha,
Queredes que vos retraia
quando vos eu vi em saia!
Mao dia me levantei,
que vos enton non vi fea!

E, mia senhor, des aquel di', ai!
me foi a mi muin mal,
e vós, filha de don Paai
Moniz, e ben vos semelha
d'haver eu por vós guarvaia,
pois eu, mia senhor, d'alfaia
Nunca de vós ouve nem ei
valía d'ũa correa.

Versão em português moderno
No mundo ninguém se assemelha a mim
Enquanto a vida continuar como vai,
Porque morro por vós e - ai! -
Minha senhora alva e de pele rosadas,
Quereis que vos retrate
Quando eu vos vi sem manto.
Maldito seja o dia em que me levantei
E então não vos vi feia!

E minha senhora, desde aquele dia, ai!
Tudo me ocorreu muito mal!
E a vós, filha de Dom Paio
Moniz, parece-vos bem
Que me presenteeis com uma guarvaia,
Pois eu, minha senhora, como presente,
Nunca de vós recebera algo,
Mesmo que de ínfimo valor.

Como as composições líricas do período eram feitas para serem cantadas (cantigas), muitas das partituras se perderam no decorrer dos séculos, chegando até nós apenas as letras. Mas algumas composições chegaram até os dias de hoje com as partituras, como é o caso da cantiga que segue abaixo. Depois escutem o áudio  e percebam a musicalidade presente nesse tipo de composição.

Ai flores, ai flores do verde pino
por Dom Dinis

-Ai flores, ai flores do verde pino,
se sabedes novas do meu amigo!
     Ai Deus, e u é?


Ai, flores, ai flores do verde ramo,
se sabedes novas do meu amado!
     Ai Deus, e u é?



Se sabedes novas do meu amigo,
aquel que mentiu do que pos comigo!
     Ai Deus, e u é?



Se sabedes novas do meu amado
aquel que mentiu do que mi ha jurado!
     Ai Deus, e u é?



-Vós me preguntades polo voss'amigo,
e eu ben vos digo que é san'e vivo.
     Ai Deus, e u é?



Vós me preguntades polo voss'amado,
e eu ben vos digo que é viv'e sano.
     Ai Deus, e u é?



E eu ben vos digo que é san'e vivo
e seerá vosc'ant'o prazo saído.
     Ai Deus, e u é?



E eu ben vos digo que é viv'e sano
e seerá vosc'ant'o prazo passado.
     Ai Deus, e u é?



Professor Luiz

quarta-feira, 6 de março de 2013

Origem e evolução da língua portuguesa

Oi gente! Já que o assunto da nossa aula de sexta (1º "B" e "C") é a História e Evolução da Língua Portuguesa, aproveitem para dar uma conferida no link abaixo, do Instituto Camões, sobre o processo histórico e as principais etapas dessa evolução, que pode ser configurada como uma variação histórica (diacrônica). Vale a pena conferir!


Professor Luiz Augusto

segunda-feira, 4 de março de 2013

Lista de Atividades - Funções da Linguagem 1º "B" e "C"

Olá pessoal do 1º ano "B" e "C"! Mais uma semana se inicia e a nossa discussão estará voltada para a reflexão sobre os elementos da comunicação e as diferentes funções da linguagem. Segue em anexo a lista de atividades sobre as funções da linguagem. A lista deverá ser impressa e entregue até o dia 07/03/2013. Desde já agradeço a atenção de todos e bons estudos!


Professor Luiz Augusto.

domingo, 3 de março de 2013

Uma língua, várias línguas...

Olá pessoal!
Essa semana debatemos em sala um fenômeno que ocorre dentro das línguas: a variação. Vimos que a língua  não se realiza de uma forma homogênea por todos os falantes. Descobrimos que existem várias formas de variação: diacrônica (histórica), diatópica (regionalismo), diastrática (classe social), diamésica (modalidade) e diafásica (uso). Refletimos também sobre as gírias e os jargões como formas de expressões cristalizadas dentro de uma língua e o mais importante: toda essa diversidade de falares e maneiras de representar o mundo devem ser respeitadas, para não gerar o PRECONCEITO LINGUÍSTICO
Não importa qual variedade você usa, o mais importante é se comunicar e interagir!

Alunos do 1º "B" e "C" disponibilizo o vídeo que vimos em sala essa semana. Confiram!

Professor Luiz Augusto.